Páginas

17 de abr. de 2012

Fornecimento de água só em 48 horas

  Texto: Amanda Amâncio
  Foto: Luiz Barros
  Publicado em: 05/04/2012

O abastecimento de água no município começou a ser normalizado na madrugada de ontem, segundo informe da concessionária Águas de Niterói. A empresa acrescentou que ainda serão necessárias 48 horas para que a população de todos os bairros volte a ter água normalmente em suas casas. O desabastecimento começou no último dia 30, devido a um furo em uma adutora em São Gonçalo, provocado pela obra de construção de uma unidade do Supermercado Guanabara.
Ontem, moradores de diversos bairros da cidade ainda carregavam baldes e compravam galões para abastecer residências e comerciantes reclamavam dos transtornos causados em seus estabelecimentos.
De acordo com a Águas de Niterói, o sistema da 5ª linha, que faz o abastecimento da Região Oceânica, Maria Paula, Badu, Pendotiba, Santa Bárbara, parte de Santa Rosa, Fonseca, e Cubango, foi restabelecido a 1h30.
Na Zona Sul, Ponta D’Areia ,Ilha da Conceição, Centro, parte da Zona Norte e Santa Rosa, o sistema da 4º linha voltou a funcionar às 2h, no entanto, o abastecimento só foi reiniciado por volta das 5h30.
Para a normalização do abastecimento e o fim dos transtornos causados pela falta d’água serão necessárias 48 horas, devido a decorrência de problemas pontuais, pois os imóveis estão com as reservas baixas e o sistema de distribuição precisa de um tempo para a recuperação.

Moradores revoltados

Moradores da rua Carlos Gomes, no Barreto, reclamaram pela demora do fornecimento de água e pelos altos preços dos galões. De acordo com a aposentada, Sônia Maria, 63 anos, todos os dias ela foi obrigada a comprar água e subir pelas escadas do seu prédio, o que provocou grandes dores na sua coluna, e prejuízo para seu bolso. Já o zelador, Valdeti Sampiroli, 58, está revoltado com o preço alto da água, e por querer limpar a sua casa e não poder.

Comerciantes com prejuízos


As perdas foram grandes para o restaurante Gran Sabor, na Rua Carlos, no Barreto, responsável pelo almoço e jantar dos funcionárias da loja Leroy Merlin, Segundo a garçonete, Natália Malafaia, 24 anos, a situação está péssima. “O cardápio teve que ser diminuído. Precisamos comprar pratos, colheres, garfos e todo um apanhado de material descartável. O horário do almoço dos trabalhadores atrasou mais de uma hora. Geralmente abrimos para o almoço por volta das 11 horas, com a falta d’água as refeições acontecem ás 12h30”, afirma Natalia.
Flávia Gonçalves, 35 anos, proprietária da Lanchonete Ponto 10, na Rua São João, No Centro, também reclamou de transtornos. “Desde o último sábado fazer comida é quase impossível, a água quando desce sai muito suja, o que impossibilita fornecermos comida para nossos clientes”, lamentou a comerciante.

Venda de água disparou

As empresas que vendem água lucraram com o desabastecimento. De acordo com Andreia Ferreira, proprietária do Disk Broes, a quantidade de água vendida dobrou. “Em média por dia vendemos 500 litros, devido a falta de fornecimento vendemos mais de mil litros”, relatou Andreia. A população também precisou solicitar muitos carros pipas.

Causa do desabastecimento

A primeira interrupção do abastecimento, ocorreu no último dia 30, devido a um bate estaca da construção do supermercado Guanabara, na Avenida Maricá, no Colubandê, em São Gonçalo, ter perfurado uma adutora. A Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae) colocou uma braçadeira para amenizar o vazamento. No entanto, por ser tratar de uma área de intensa movimentação de veículos, um novo vazamento foi detectado na região, três dias depois. Se quiser saber mais sobre Àguas de Niterói, acesse o site:http://www.aguasdeniteroi.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário